Reiki nas escolas – um novo modelo

O modelo escolar vem do século XVIII – até vem de antes, mas desenvolveu-se mais a partir de então – e tem imensas dificuldades em adaptar-se à nova realidade. O mundo mudou muito.

Este mundo tornou-se global e todos temos acesso a informações de todos os lados… E um acesso a conhecimento muito mais organizado, por causa de todo o investimento em inteligência artificial. É um mundo onde a tecnologia permite às crianças manipularem artefactos técnicos muito evoluídos, desenvolvendo uma capacidade mental diferente da das gerações anteriores. Mas quando se chega ao 1.º ano, a escola age mais ou menos como há 30 ou 40 anos. A cabeça com que as crianças vêm está moldada segundo outros modelos, já não é a mesma coisa. As dificuldades de ensino e aprendizagem são muito mais vastas do que as do passado. Há uma inadaptação da escola ao novo…

Agora as queixas são sobre a desmotivação, falta de atenção/concentração e a indisciplina dos alunos. Por outro lado, a capacidade de captação da atenção que a escola antes produzia hoje é muito difícil. Os miúdos estão profundamente dispersos, com a atenção captada por realidades fora do contexto escolar que os motivam mais. A motivação, que é uma função escolar por excelência, tornou-se um pré-requisito. E isso é revelador da dificuldade da educação escolar em lidar com os tempos novos. Se esse pré-requisito existisse, a desigualdade social ainda seria maior…

O modelo do sistema educativa precisa de revisão profunda, isso está claro. Nos anos 1990, quando Portugal foi representado por Joaquim Azevedo, num organismo da OCDE que trata da inovação e educação, ano após ano já se constava que o caminho não podia ser este. Este modelo está esgotado. Há um bloqueio, não avança. Como nós – de 31 ou 32 países – nos dedicávamos à inovação e educação, percebíamos que no mundo iam surgindo dinâmicas de mudança. Se toda a gente percebe, por que é que isto não muda?

As experiências inovadoras, na Finlândia e na Catalunha, mudam o quê? Mudam a forma de organizar o ensino e a aprendizagem. O modelo escolar tradicional é alterado. É muito importante o passo que está a ser dado na Finlândia, pois tentam responder às questões de fundo: motivação, interesse, ser capaz de captar a atenção dos alunos. Os professores queixam-se imenso, hoje, da dificuldade de ter os alunos concentrados no que estão a fazer.

Mas o investimento tem de ser no processo do ensino e aprendizagem. O problema está ali. Em educação, o processo é o produto, é o processo que conta. A avaliação externa e os exames são importantes, têm o seu papel. Mas isso não invalida que a questão central tenha de ser outra. Ter mais uma prova disto ou daquilo é irrelevante.

Qual é o caminho, então?

Nas escolas onde trabalhamos, os professores devem refletir e perceber os processos pedagógicos que eles próprios mobilizam; Sabem os que são eficazes e os que não são? Otimizam os que são eficazes? Temos de pensar em novas metodologias? Neste processo de questionar… surgem novos caminhos… E as escolas mudam…

(baseado num artigo de Joaquim Azevedo é professor da Universidade Católica Portuguesa  – é o mais antigo membro do Conselho Nacional de Educação de Portugal. http://www.joaquimazevedo.com/).

Neste processo de mudança e evolução a que assistimos todos os dias, porque não uma nova dinâmica nas escolas? Construindo espaços e tempos em que as crianças e os adolescentes tenham acesso a outro tipo de resposta/terapia que os ajude a um maior equilíbrio emocional, mental, à autoconsciência e a um cuidado natural.

Assim o Reiki chega às escolas, como um caminho complementar para a saúde física, mental e emocional da criança.

Tentando alcançar o equilíbrio integral do aluno, sentiu-se a necessidade de proporcionar outras experiências que podem ocupar saudavelmente, assim como levar a um cuidado terapêutico, para que se possa dar uma resposta às várias problemáticas que vão surgindo na criança.

Implementar a Terapia de Reiki nas escolas, além de contribuir para um maior equilíbrio dos alunos, pode incidir também em casos mais específicos, desde alunos com dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais, ansiedade, entre outros.

Através de um projeto implementado no Agrupamento João de Meira, conclui-se que os 45 alunos que usufruíram de 6 sessões de Reiki, além do entusiasmo de todos os alunos em continuar as sessões, registaram os seguintes resultados por eles enumerados: maior auto-estima, bem – estar consigo próprio e com os outros, concentração, calma e tranquilidade, relaxamento, confiança  e imposição de regras a si próprio, como por exemplo” ser pontual”; melhor atitude perante a escola, professores e funcionários, melhor comportamento; menor impulsividade, timidez; redução de dores e ansiedade; melhoria de resultados escolares.

«É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança» – Provérbio Africano.